Jesus o Bom Pastor

Jesus o Bom Pastor

26 outubro 2010

Tremor e tsunami matam ao menos 113 e deixam mais de 500 desaparecidos na Indonésia


Pelo menos 113 pessoas morreram e mais de 500 são consideradas desaparecidas após um forte terremoto de magnitude 7,7 que afetou a costa oeste da Indonésia na segunda-feira (25), provocando ondas gigantes em várias ilhas, anunciou o serviço de emergências do país. Segundo a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes, dez vilarejos foram varridos do mapa pelo tsunami. O número de mortos deve aumentar nas próximas horas. O vulcão mais volátil da Indonésia, situado na ilha de Java, também começou a entrar em erupção nesta terça-feira (26), expelindo nuvens de cinzas e rochas quentes em três ocasiões.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que vigia a atividade sísmica no mundo todo, informou que o terremoto ocorreu às 21h42 de ontem (no horário local, 14h42 GMT), nas ilhas Mentawai, a cerca de 14,2 quilômetros de profundidade. O epicentro se localizou 149 quilômetros ao sul de Padang, em Sumatra. O arquipélago é um destino turístico bastante popular, especialmente para os amantes do surf.

Várias réplicas de magnitude de até 6,1 e 6,2 foram registradas durante a madrugada. Os serviços de emergência indicaram que mais de 150 casas da região foram destruídas e pelo menos 2.000 pessoas tiveram de ser hospedadas em abrigos temporários.

Não há registro de brasileiros, diz embaixada

A Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, informou que não registra, até o momento, brasileiros mortos ou desaparecidos. Também não há informações sobre brasileiros morando na área atingida pelo tsunami, e a embaixada não foi procurada por nenhum parente de possíveis vítimas. Como a época é de muita chuva na região, o movimento de surfistas nas ilhas é pequeno, o que reduz a chance de turistas entre desaparecidos.

O alerta de ondas gigantes foi lançado depois de registrado o terremoto. Pouco depois, um grupo de turistas australianos informou que o barco em que estavam foi destruído por "uma parede de água branca" que chegou até a costa. O "tsunami significativo" foi confirmado pelo Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico.

O diretor da ONG SurfAid International, Andrew Judge, disse que as equipes estão buscando o barco usado pelos australianos. Nove turistas estariam na embarcação. Ainda não houve contato. "Enviamos um barco e um avião no resgate", ressaltou.

O responsável pelo centro de crises do Ministério indonésio da Saúde, o médico Mudjiharto, afirmou que foram registradas ondas de até três metros na ilha de Pagai Sul. De acordo com ele, dois mortos foram encontrados na ilha de Sipora e "várias pessoas estão desaparecidas no povoado de Bosua".


Em Muntei, 80% das casas sofreram danos e cerca de 3.000 pessoas foram procurar abrigo em acampamentos de emergência. Tripulações de vários navios também continuam desaparecidos no Oceano Índico.

Famílias abandonam suas casas em Padang depois do terremoto que atingiu a Indonésia

Hardimansyah, um alto funcionário da regional do Departamento de Pesca, contou que a maioria das edificações no vilarejo costeiro de Betu Monga vieram abaixo. "Dos 200 moradores do vilarejo, somente 40 foram encontrados. Ainda há desaparecidos, na maioria mulheres e crianças", disse ele à Reuters, por telefone. "O setor de segurança daqui ouviu pessoas dizendo que não puderam segurar seus filhos, que eles foram arrastados. Uma porção de gente chorando."

Hardimansyah disse ainda que em Malakopa, um outro vilarejo próximo, foi confirmada pelo menos uma morte e duas pessoas estão desaparecidas. Ele afirmou que 80% das casas na área foram danificadas e há poucas reservas de alimentos.

"Nós jogamos tudo que podíamos que flutuava --pranchas de surf, madeiras-- e então pulamos na água", disse o morador Rick Hallet. "Felizmente, a maioria de nós tinha alguma coisa para se segurar. Ficamos nas árvores mais altas por uma hora e meia até que nos encontraram."

"Todo mundo estava correndo para fora de suas casas", disse Sofyan Alawi, acrescentando que as estradas que levavam às colinas foram rapidamente congestionadas com milhares de carros e motos.

"Nós continuamos olhando para trás para ver se uma onda estava vindo", disse outra moradora, Ade Syahputra.

Histórico

A Indonésia está no chamado "cinturão de fogo" do Oceano Pacífico, onde o choque das placas continentais provoca uma forte atividade vulcânica e frequentes tremores de terra (cerca de 7.000 por ano). A maioria deles tem pouca potência e passa despercebida pela população.

Em dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,1 atingiu a ilha de Sumatra, provocando o devastador tsunami e levando à destruição de localidades em vários países banhados pelo Oceano Índico, com um resultado de mais de 226 mil mortos.

Há um ano, a cidade de Padang sofreu um terremoto de magnitude 7,6, que matou pelo menos 700 pessoas e danificou 180 mil casas.

Em junho, um sismo de magnitude 7,1 matou 17 pessoas e deixou milhares de danos na costa norte de Papua.

Para entender os tsunamis, vamos primeiro dar uma olhada nas ondas em geral. A maioria das pessoas está acostumada com ondas vistas em praias ou nas piscinas de onda de um parque aquático. As ondas possuem uma crista (o ponto mais alto da onda) e uma cava (o ponto mais baixo da onda). As ondas são medidas de duas maneiras:

•a altura da onda é a distância entre a crista e a cava;

•o comprimento da onda é a distância horizontal entre duas cristas de onda consecutivas.




A freqüência das ondas é medida pelo tempo que leva para que duas ondas consecutivas cruzem o mesmo ponto. Isso é chamado de período da onda.

Um tsunami e uma onda normal possuem a mesma composição e são medidos da mesma maneira, mas há muitas diferenças entre os dois. O gráfico abaixo mostras algumas delas.

 Onda de tsunami x onda gerada pelo vento

Característica da onda Onda gerada pelo vento Onda de tsunami

Velocidade da onda 8 - 100 km/h

800 - 1.000 km/h


Período da onda

(tempo requerido para que duas ondas passem por um único ponto no espaço) Intervalo de 5 a 20 segundos Intervalo de 10 minutos a 2 horas

Comprimento da onda

(distância horizontal entre duas ondas) 100 - 200 metros

100 - 500 km

 As principais diferenças são o tamanho, a velocidade e a origem. Vamos dar uma olhada no que causa uma onda normal.
As ondas oceânicas são criadas por uma série de fatores (atração gravitacional, atividade submarina, pressão atmosférica), mas sua origem mais comum é o vento.
–Aplicações militares –Arqueologia e paleontologia –Ciências da Terra –Ciências da vida –Ciências naturais –Engenharia –Espaço Crianças


Introdução

tsunamis

Em 26 de dezembro de 2004, um gigantesco terremoto submarino na costa da ilha de Sumatra, na Indonésia, abalou a Terra em sua órbita. O sismo, medindo 9,0 na escala Richter, foi o maior desde 1964. Dúzias de tremores secundários com magnitudes de 5,0 ou mais ocorreram nos dias subseqüentes. Mas a conseqüência mais poderosa e destrutiva desse terremoto devastador foi o tsunami que ele causou. A contagem de vítimas chegou a mais de 280 mil e muitas cidades foram praticamente devastadas.



A destruição provocada por esse tsunami superou todos os tsunamis já vistos na história recente. Mas, cientificamente, o curso dos eventos seguiu a seqüência básica de um tsunami típico. Neste artigo, vamos dar uma olhada nas causas, na física envolvida e nos impactos de um tsunami. Também vamos examinar os esforços dos cientistas para monitorar e prever tsunamis e evitar desastres como o de 2004.



Anatomia de uma onda

O termo "tsunami" vem das japonesas tsu (porto) e nami (ondas). O tsunami é uma onda ou uma série de ondas no oceano atingindo centenas de quilômetros de extensão e alturas de até 10,5 metros. Estas "paredes de água" se deslocam à velocidade de um avião comercial, ou mais. O poderoso tsunami de 26 de dezembro de 2004 percorreu 600 km em 75 minutos. Isso corresponde a 480 km/h. Estas paredes de água são realmente capazes de causar destruição em massa ao longo das terras costeiras.

Tsunami atinge o Sri Lanka, 26 de dezembro de 2004

Para entender os tsunamis, vamos primeiro dar uma olhada nas ondas em geral. A maioria das pessoas está acostumada com ondas vistas em praias ou nas piscinas de onda de um parque aquático. As ondas possuem uma crista (o ponto mais alto da onda) e uma cava (o ponto mais baixo da onda). As ondas são medidas de duas maneiras:

•a altura da onda é a distância entre a crista e a cava;

•o comprimento da onda é a distância horizontal entre duas cristas de onda consecutivas.

Foto cedida pela Marinha dos EUA

Anatomia de uma onda normal

A freqüência das ondas é medida pelo tempo que leva para que duas ondas consecutivas cruzem o mesmo ponto. Isso é chamado de período da onda.



Um tsunami e uma onda normal possuem a mesma composição e são medidos da mesma maneira, mas há muitas diferenças entre os dois. O gráfico abaixo mostras algumas delas.

Onda de tsunami x onda gerada pelo vento

Característica da onda Onda gerada pelo vento Onda de tsunami

Velocidade da onda 8 - 100 km/h

800 - 1.000 km/h

Período da onda

(tempo requerido para que duas ondas passem por um único ponto no espaço) Intervalo de 5 a 20 segundos Intervalo de 10 minutos a 2 horas

Comprimento da onda

(distância horizontal entre duas ondas) 100 - 200 metros

100 - 500 km

As principais diferenças são o tamanho, a velocidade e a origem. Vamos dar uma olhada no que causa uma onda normal.

As ondas oceânicas são criadas por uma série de fatores (atração gravitacional, atividade submarina, pressão atmosférica), mas sua origem mais comum é o vento.

 Inundação de Banda Aceh, 2004

 Grande Mesquita de Banda Aceh, antes e depois do tsunami de 2004

Quando o vento sopra sobre uma superfície lisa de água, as moléculas de ar acabam carregando moléculas de água. O atrito entre o ar e a água comprime a superfície da água, criando ondulações conhecidas como ondas capilares. As ondas capilares se movem em círculos. Este movimento circular da água continua verticalmente debaixo da água, apesar de a potência desse movimento diminuir em águas mais profundas. À medida que a onda se desloca, mais e mais moléculas de água são reunidas, aumentando o tamanho e o impulso da onda. A coisa mais importante a saber sobre as ondas é que elas não representam o movimento da água, mas, ao invés disso, demonstram o movimento da energia através da água.

Em ondas normais, o vento é a origem desta energia. O tamanho e a velocidade das ondas de vento dependem de sua intensidade.

 O nascimento de um tsunami

As causas mais comuns de tsunamis são os terremotos submarinos. Para compreender os terremotos submarinos, primeiro é necessário entender as placas tectônicas. A teoria das placas tectônicas sugere que a litosfera, ou camada superior da Terra, é feita de uma série de grandes placas. Estas placas constituem os continentes e o fundo do mar. Elas repousam sobre uma camada viscosa subjacente, chamada astenosfera.

Pense em uma torta cortada em oito fatias. A crosta da torta seria a litosfera e o recheio quente seria a astenosfera. Na Terra, estas placas estão em movimento constante, movendo-se umas em relação às outras a uma velocidade de 2,5 a 5 cm por ano. O movimento ocorre mais intensamente ao longo das linhas de falha (onde a torta é cortada). Estes movimentos têm a capacidade de produzir terremotos e vulcanismo que, quando ocorrem no fundo do oceano, são duas causas possíveis de tsunamis.




Formação de um tsunami
Quando duas placas entram em contato em uma região conhecida como limite de placa, uma mais pesada pode deslizar por baixo de outra mais leve. Isso é chamado de subducção. A subducção submarina freqüentemente deixa enormes rastros: profundas trincheiras oceânicas no fundo do mar.

Em alguns casos de subducção, parte do fundo do mar conectado à placa mais leve pode se romper repentinamente para cima, devido à pressão proveniente da placa que afunda. Isto resulta em um terremoto. O foco do terremoto é o ponto no interior da Terra no qual ocorre a ruptura. Depois da ruptura, as rochas se quebram e as primeiras ondas sísmicas são geradas. O epicentro é o ponto do fundo do mar diretamente acima do foco.

Quando este pedaço da placa se rompe e dispara toneladas de rochas para cima, com uma força tremenda, essa energia é transferida para a água, empurrando-a e elevando o nível do mar. Este é o nascimento de um tsunami. O terremoto que gerou o tsunami de 2004, no Oceano Índico, foi de 9 pontos na escala Richter, um dos maiores já registrados.

Eventos geradores de tsunamis

As ocorrências naturais capazes de causar um tsunami são chamadas de eventos geradores de tsunamis. Além dos terremotos e do vulcanismo, há dois eventos geradores de tsunamis menos prováveis: deslizamentos submarinos e vulcões submarinos. Freqüentemente, estes eventos acompanham grandes terremotos, somando-se à potência total de um tsunami ou criando tsunamis adicionais. Eles funcionam de maneira análoga ao terremoto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...