Jesus o Bom Pastor

Jesus o Bom Pastor

25 agosto 2010

O fetichismo das mercadorias

• A separação do homem de seus meios e dos processos de produção tem como conseqüência um terceiro aspecto da alienação: a separação do homem do produto de seu trabalho. Tudo aquilo que é produzido é imediatamente expropriado pelo burguês. O produto do trabalho é transformado em mercadoria pelo patrão, que a utiliza como fonte de lucro, ao vendê-la nas lojas, supermercados, shopping-centers e, atualmente, pela internet.
Os produtos do trabalho geram bilhões ao burguês. Estes constroem mansões, compram aviões e barcos de luxo, viajam ao exterior para fazer compras, desperdiçam o produto do trabalho humano em inutilidades. Mas também utilizam os bilhões conseguidos pelo trabalho alheio em artigos para a guerra e para ampliar e aprofundar a própria exploração.
Já o trabalhador recebe uma ínfima parte do valor produzido por ele. É o seu salário, na forma de dinheiro, que pode ser trocado por todas as demais mercadorias. O trabalhador, portanto, ao ser privado de seus meios de produção e do produto de seu trabalho, trabalhando apenas como meio de sobrevivência, recebe uma certa quantidade de dinheiro no fim do mês, utilizado para comprar produtos que ele próprio produziu, mas que não lhes pertencem.
A repetição interminável no tempo e massificação desse fenômeno a todos os homens e em todos os países do mundo faz com que estes pensem que a razão natural do trabalho é a obtenção de dinheiro. Assim, o homem substitui o mundo das relações sociais, das relações entre os homens, por um mundo de relações entre as coisas, entre as mercadorias. Uma relação entre seu dinheiro e as mercadorias que pretende comprar, mas que teimam em não lhes chegar às mãos.
A substituição das relações humanas pelas relações entre as coisas resulta na “fetichização” das mercadorias. As relações entre os homens esvaziam-se e as coisas parecem ganhar vida e dominar os homens, que vivem em função da obtenção de mercadorias. O dinheiro passa a comandar o destino dos homens, que passam a ser “medidos” pela quantidade que possuem. Isto é, o dinheiro passa a comprar não apenas automóveis, TVs, celulares, MP3, mas também as qualidades dos homens, que passam a ser externas a eles e que podem ser compradas como qualquer outra mercadoria.
Com dinheiro, o homem feio vira belo, o ignorante vira sábio, o homem vulgar torna-se refinado. Assim, o proprietário de um lindo carro último tipo certamente só pode ser lindo e cheio de virtudes. Já o dono de um fusquinha ...
Hoje, vende-se espremedores de frutas pela TV, em programas de auditório onde o público aplaude entusiasmadamente o desempenho do eletrodoméstico. É o reinado das coisas sobre os homens! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...