Jesus o Bom Pastor

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03 outubro 2011

Redes sociais e os novos paradigmas para educação

Escola sem paredes, carteiras e conceitos pré-estabelecidos. Tudo interconectado numa rede de conhecimento sem limites.
Nas últimas décadas quase nada mudou no modelo de ensino. Um padrão que escolas e universidades obedecem sem maiores questionamentos: alunos, professores, salas de aula, disciplinas fechadas em áreas de conhecimento, evolução ano a ano, provas, hora do recreio, etc.
Instituições particulares e governos, interessados em ampliar o acesso para atender o crescimento da população, pensam cartesianamente, construindo novas estruturas de tijolo e cimento.
Sim, é preciso observar o crescimento exponencial do EAD (Ensino a Distância ou e-learning), nada além de video-aulas com chat. Com o EAD, as instituições de ensino estão conseguindo levar a monotonia da aula expositiva ao máximo. Também é preciso reconhecer o crescimento do uso de ferramentas digitais (videos, fóruns, websites, editores de texto, etc.) por alunos e professores um ganho de produtividade (ou reprodutibilidade), distribuição de informação e colaboração.
Também está ocorrendo um crescente uso de novas tecnologias em salas de aula e algumas universidades norte-americanas já entregam iPads para os alunos no momento da matrícula. Em resumo, o que estamos fazendo é adaptar dentro do velho modelo de ensino às novas ferramentas e práticas do universo digital, algo sem expressão, originalidade ou inovação.
A internet social e sua infinita conectividade está modificando o cenário de como os jovens adquirem conhecimento, indo mais longe, de como os jovens produzem, transformam e compartilham conhecimento.
A arquitetura da sala de aula, do silêncio disciplinar, não existe no universo digital onde a regra é interagir a todo instante. Tudo no virtual é espaço de aprendizagem, a infinita biblioteca de Babel de Jorge Luis Borges. Nesta biblioteca, as diferentes áreas do conhecimento espalham-se por diferentes espaços conectados por hiperlinks, pesquisas, inovação, blogs, tweets, scraps…
Aprende-se os princípios da eletricidade construindo-se um robô com partes de um celular, assistindo-se a um vídeo sobre tempestades tropicais e conversando online com um especialista indiano, tudo ao mesmo tempo agora. Ao contrário do espaço organizado, regular, controlado e estruturado da escola, as redes sociais promovem o auto-aprendizado, a capacidade crítica, a discussão em grupo, a colaboração e a associatividade.
Nas redes sociais, professores/mestres são aqueles capazes de apontar os caminhos dentro do universo virtual capazes de levar o aluno/aprendiz ao conhecimento. Nada de respostas prontas ou padronizadas. Aprender no virtual é uma jornada infinita, não um livro com um número exato de páginas.
A combinação das ferramentas de comunicação digitais, as bases de informação e os relacionamentos das redes sociais transformam o ciberespaço na nova escola, sem paredes, sem carteiras, sem conceitos pré-estabelecidos. Tudo está interconectado numa rede de conhecimento sem limites.

 “Somente renovando a língua é que se pode renovar o mundo.” (João Guimarães Rosa)

Fonte: Ricardo Murer (@rdmurer) é diretor de Tecnologia e Inovação da AgenciaClick Isobar. Mantém o blog rdmurer estratégia digital mundo real.

postado :por Thiago Cassini

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