Jesus o Bom Pastor

Jesus o Bom Pastor

08 setembro 2010

Marxismo

Marxismo — Prof. Felipe Aquino 

10 de agosto de 2010  – CNBB

Por Dom Aloísio Roque Oppermann- Arcebispo de Uberaba


O fascismo chauvinista alemão se estabeleceu, entrando pela porta da frente. Hitler manipulou a alma alemã, com recursos de encantamento irresistível. Seu nome estourou nas urnas. Estava tão certo da vitória que não ocultou nenhum de seus tenebrosos pensamentos. Todos conheciam suas pregações imperialistas, seu gosto pelo uso da força, sua arrogância diante dos judeus, sua presunção de superioridade da raça ariana.

Um observador, colocado a certa distância, poderia prever a colisão inexorável que aconteceria entre o bem do povo alemão, e o programa foguetório do regime político, que deveria arrostar todas as conquistas civilizatórias. É a história do passarinho encantado, que fica à disposição da cobra que o engole sem escrúpulos.

Não sou daqueles que consideram a Revolução de 31 de março, como um mal absoluto. As intenções foram boas, tendo recebido o firme apoio da opinião pública. Os nobres ideais foram obumbrados, progressivamente, pelo uso abusivo do cerceamento das liberdades. Com o correr do tempo, as lideranças socialistas, em vez de se converterem, entraram na clandestinidade. Mas posteriormente retornaram, entre aplausos, e ocuparam tranquilamente quase todos os escalões da República cripto-socialista.

Certíssimos do sucesso, já se tem como garantida a execução de alguns programas antiqüíssimos: a interrupção violenta da gravidez; o enfraquecimento da vida familiar, pelo apoio a outros tipos de “família”; a redução à obediência de veículos de comunicação através de prêmios e castigos; a insegurança dos direitos constitucionais;  a subserviência do poder judiciário; a impossibilidade de manifestação religiosa em  público; a descaracterização do país de qualquer sinal cristão, depois de termos passado ao povo, durante séculos,  os ensinamentos de Cristo…

Será que se avizinha o tempo em que precisamos ocultar que somos católicos? A vitória desse programa “moderno” parece ser tão evidente como o pôr do sol antes da noite escura. O nosso veículo tem freio e tem direção. Enxergamos o perigo que se avizinha? “Eis agora o dia da salvação”  (2 Cor 6, 2 ). Ainda podemos evitar o grande mal.

Dom Aloísio Roque Oppermann- Arcebispo de Uberaba


11 de agosto de 2010 às 17:28

Vivemos tempos perigosos na América Latina. Pseudo-lideranças usam ferramentas democráticas para fins inconfessáveis. Por meio de políticas agressivas e populistas, manipulam as massas, no melhor estilo comunista, para dominarem o cenário político, implementando idéias absurdas e contrárias à moral, aos bons costumes, à ética e as melhores tradições das sociedades governadas. Quem teve o desprazer de ler atenciosamente o famigerado PNDH-3 entende bem o que ora escrevo com lágrimas de sangue.

Querem transformar o Brasil e toda América Latina numa grande e odiosa Cuba, país pobre, que viveu às custas da antiga e desfacelada URSS e tem o ditador mais cruel e longevo em atividade (nem mesmo os ditadores do continente africano superam Fidel Castro em covardia, assassinatos, ideologia rota e puída). Políticas que afastam Deus do centro da vida social e inserem cartilhas marxistas como expoentes de uma “verdade” desviada e desordenada. Políticas que criam cismas étnicos, sociais, religiosos em nossas terras.

Tenho muito medo do futuro do país e do continente. O suposto sucesso econômico brasileiro (fruto dos esforços heróicos dos empresários e de alguns grupos de verdadeiros trabalhadores, sem qualquer mérito dos governantes) não se encontra consolidado, mas, antes, prejudicado pelas onerosas políticas públicas do presente. Nenhum país se desenvolve plenamente sob o manto tenebroso do socialismo bolchevique. A América Latina precisa enterrar definitivamente o viés ideológico esquerdopata que a corrói, apagando a presença e mesmo a memória de “líderes” como Fidel Castro, Evo Morales e o fanfarrão Hugo Chávez, entre outros e outras.

Abaixo, carta corajosa de um bom bispo brasileiro, um homem verdadeiramente consagrado a Deus, fiel à Igreja, ao Santo Padre e ao rebanho que o próprio Jesus lhe confiou. Um bispo autêntico, pastor zeloso, que não teme perseguições políticas e mesmo as dos seus pares, já que parte da Igreja (dói-me reconhecer como católico fiel) no Brasil e na América Latina ainda se encontra abraçada a anti-católica “teologia da libertação”, o paradoxal infiltramento do marxismo no universo da fé. Parabéns ao Bispo de Anápolis. Recebi de um grande teólogo brasileiro e retransmito a mensagem abaixo.

Todos nós temos que dar muito valor às palavras do Bispo, mesmo os não-católicos, porque externam a verdade e nos convocam à vigilância contra o mal que já reina nas terras do sul e que tende a ser fortalecido. Ei-las, pois:

Anápolis, 11 de agosto de 2010
Caros irmãos no Episcopado,
Suportem-me, que o menor dos irmãos lhes possa dirigir uma palavrinha amiga, mas angustiada de quem se prepara, temeroso, para partir. Pelo amor de Deus! Estamos diante de uma situação humanamenteirreversível. A América Latina, outrora “Continente da Esperança”, como a saudava João Paulo II, hoje mergulha na ante-câmara do terrorismo vermelho, aliás, como prenunciava aos pastorinhos de Fátima a Senhora do Rosário.

Podem parecer, a essa altura, resquícios de uma idade de trevas, mas tudo acontece como se ouviu em dezembro de 1917 (”a Rússia comunista espalhará seus erros pelo mundo, com perseguições à Igreja, etc.”). Assusta-me a corrupção dentro da Igreja, o desmantelamento dos seminários, a maçonização de Cúrias e Movimentos.Horroriza-me a frieza com que olhamos tal estado de coisas. Somos pastores ou cães voltados contra as ovelhas? Somos ou não, alem disso, cúmplices de uma política atéia empenhada em apagar os últimos traços da nossa vida cristã?

Perdoem-me, mas não poderia deixar de falar, sem me sentir infiel à minha consciência e à minha Igreja.

Parabéns a Dom Luiz Gonzaga Bergonzini e a Dom Henrique Soares da Costa.

Dom Manoel Pestana Filho
Bispo Emérito de Anápolis



Venezuela: Hugo Chávez proibirá emissora de televisão católica no país
Outra atitude na tensão criada pelo governo
CARACAS, quarta-feira, 21 de julho de 2010 (ZENIT.org) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu ao ministro do Interior, Tareck El Aissami, “revisar” a concessão de um canal de televisão ao arcebispado de Caracas para “recuperá-lo” e “colocá-lo às ordens do povo”. Trata-se de outra atitude em relação à tensão com a Igreja criada pelo governo, em uma série de ataques dirigidos especialmente contra o cardeal Urosa, arcebispo de Caracas.
O presidente venezuelano fez este pedido sobre a emissora de sinal aberto Vale TV (Valores Educativos Televisão) depois de ratificar sua vontade de revisar o convênio da Venezuela com o Vaticano e de convidar ao núncio apostólico, Pietro Parolin, a “falar” sobre o tema.
“Revisemos [a concessão da Vale TV], Tareck, para recuperar esse canal e colocá-lo às ordens do povo”, repetiu Chávez em um programa televisivo com membros da Polícia Nacional Bolivariana.
Vale TV se identifica em seu site como um canal aberto e sem fins lucrativos dedicado à cultura, pertencente à Televisão Nacional, canal 5, o primeiro canal público de televisão da Venezuela, fundado em 1952.
Em 1998, o então presidente da Venezuela, Rafael Caldera, outorgou a concessão deste canal ao arcebispado de Caracas, que iniciou suas emissões em 4 de dezembro desse mesmo ano. Neste sentido, Chávez garantiu que Caldera “entregou” o canal 5 à “hierarquia eclesiástica” em 1998, “violando uma série de procedimentos”.
A atual polêmica entre a hierarquia eclesiástica venezuelana e o governo surgiu no início de julho, quando o arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa, disse que Chávez violava a Constituição ao querer impor uma “ditadura comunista” no país, e o governante lhe chamou de “troglodita” e “indigno” e ameaçou processá-lo por injúrias.
Nesse contexto, o mandatário revelou que o secretário do Estado Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, disse nessa semana ao seu ministro de Relações Exteriores, Nicolás Maduro, estar “preocupado” pelas suas recentes declarações sobre a revisão do acordo de 1964.
“Parece que no Vaticano estão muito preocupados porque eu anunciei, e vamos fazer, uma revisão do convênio”, disse Chávez, em relação à firma deModus Vivendi  de 6 de março de 1964, entre o Estado venezuelano e a Nunciatura Apostólica.
Este documento compromete a transferência à Igreja Católica de recursos provenientes da exportação de petróleo para o financiamento de obras sociais e projetos educativos.


Pela libertação dos presos políticos de Cuba

 

Pela libertação imediata e sem condições de todos os presos políticos das prisões cubanas; pelo respeito ao exercício, promoção e defesa dos direitos humanos em qualquer parte do mundo; pelo decoro e o valor de Orlando Zapata Tamayo, injustamente preso e brutalmente torturado nas prisões cubanas, morto após greve de fome por denunciar estes crimes e a falta de liberdade e democracia no seu país; pelo respeito à vida dos que correm o risco de morrer como ele para impedir que o governo de Fidel e Raul Castro continue eliminando fisicamente aos seus opositores pacíficos, levando-os a cumprir condenações injustas de até 28 anos por “delitos” de opinião; pelo respeito à integridade física e moral de cada pessoa, assinamos esta carta, e encorajamos a assiná-la também, a todos os que elegeram defender a sua liberdade e a liberdade dos outros.

 

Vimos o espetáculo de truculência da polícia política cubana  de Fidel e Raúl Castro contra as mulheres que pediam a liberdade e democracia.

Um manifesto está correndo o mundo, em vários idiomas, pedindo a liberação dos presos políticos cubanos:

 

http://firmasjamaylibertad.com/ozt/index. php#top

 

 

 

Por: Dr. Denis Lerrer Rosenfield - 15/3/2010

É de estarrecer a reação do presidente Lula à greve de fome do jornalista e psicólogo Guillermo Fariñas, que protesta, pondo sua vida em risco, contra as condições carcerárias de opositores políticos da ditadura castrista. Considerou-o, somente, um “criminoso comum”, que não segue a Justiça do seu país. Suas palavras foram: “Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade.” Não há nenhum mal-entendido aqui. Um opositor foi simplesmente considerado criminoso comum ao empreender uma greve de fome, de caráter eminentemente político, contra um regime totalitário.

As fotos de Lula em companhia dos irmãos Castro, simultaneamente à morte de um prisioneiro de consciência, que sucumbiu à greve de fome, à tortura e às péssimas condições carcerárias, são de revoltar qualquer pessoa com um mínimo de escrúpulo moral. Foram uma imoralidade, algo que mancha de forma permanente não só a figura de Lula, como a diplo-MÁ-cia brasileira. Trata-se, de fato, de uma maldade. Uma comemoração pérfida, um ritual fúnebre, mascarado da cordialidade de velhos amigos. O sangue poderia ter igualmente corrido da boca deles.

Amigos, dizia Aristóteles, são pessoas que compartilham determinadas noções de bem, possuem valores comuns. No caso em questão, os valores compartilhados são os do totalitarismo, de pessoas que se regozijam com o infortúnio alheio. Sorriem, com escárnio, de uma espécie de assassinato, como de tantos outros que fazem parte da história da ditadura castrista. Os irmãos ditadores tiveram ainda o pejo de proclamar que nunca mataram nem torturaram! Falta-lhes vergonha na cara. Não é de surpreender, pois a mentira faz parte dos regimes totalitários, do seu modo mesmo de governar.

As declarações do presidente Lula não foram deslizes como tantos outros que têm povoado seus dois mandatos. Elas expressam uma mentalidade totalitária. Uma longa prática de Stalin e dos comunistas em geral foi considerar seus adversários criminosos comuns, inimigos que deveriam ser simplesmente abatidos. Deveriam ser submetidos à tortura, à arbitrariedade das penas, a períodos intermináveis de encarceramento, tendo como desfecho a morte dos que não queriam aceitar o novo regime, apresentado como socialmente superior, como o da redenção dos povos. Foram assassinados em nome da nova “humanidade”, a dos ditadores esquerdistas. O PT e o atual governo jamais condenaram a ditadura castrista. São só sorrisos e elogios. Fariñas, com propriedade, disse que Lula se havia tornado cúmplice da morte de Zapata; logo, de uma eventual sua e, pior ainda, da violência castrista.

Nessa história de horror, causa estupefação também o fato de o presidente não ter interferido, quando ainda era tempo, para evitar a morte de Zapata e, agora, ajudar para que os presos políticos cubanos possam ser liberados. Abandonou Fariñas à própria sorte, como se fosse um prisioneiro comum. A questão, porém, reside em que Lula, no dizer de Barack Obama, é o “cara”, aquele que poderia fazer a diferença. Uma palavra sua seria decisiva. Poderia fazer uma declaração pública contra as condições carcerárias da ilha, contra as violações dos direitos humanos. Poderia interromper o financiamento de empreendimentos na ilha feitos com recursos brasileiros. Nada fazendo, os ditadores continuam gozando da impunidade e de sorrisos complacentes.
O episódio de conivência com a ditadura castrista, de desrespeito evidente aos direitos humanos, permite lançar luz sobre o que este governo e o PT pensam sobre esse tema. Recentemente, tivemos o PNDH-3, lançado com grande alarde, como se se tratasse de um plano inovador que permitiria ao País fazer as pazes com o seu passado e balizar o caminho de uma política “progressista”. Agora, fica mais claro o que significa reatar com o passado e formular uma política progressista.

Reatar com o passado significa reatar com o stalinismo, com as piores tradições da esquerda. Resistentes de uma anacrônica ditadura comunista se tornam “criminosos comuns”, que não obedecem às leis de seu país, independentemente da natureza dessas leis, por mais despóticas que sejam. Reatar com o passado significa ser cúmplice de violações sistemáticas dos direitos humanos, salvo se direitos humanos significarem o direito à tirania comunista. Já passou da hora de o PT fazer uma revisão doutrinária, de acordo com a tradição social-democrata. O resto é palavreado totalitário disfarçado.

Política progressista quer dizer, por sua vez, instauração de práticas liberticidas, em que as vozes contestatórias não se façam ouvir. Silenciar as oposições, calar a imprensa livre, coibir os meios de comunicação, impedir manifestações públicas tornam-se propostas travestidas de um suposto “progressismo”. Veja-se, por exemplo, como o liberticida Hugo Chávez é avaliado. Lideranças petistas, sobretudo da área de Relações Exteriores, o Palácio do Planalto e, em especial, sua Assessoria para Assuntos Internacionais, juntamente com o Itamaraty, têm-se esmerado em elogios ao “socialismo bolivariano” e a seu líder máximo, considerando a abolição das liberdades democráticas como a realização mesma da democracia. Emissoras de televisão e de rádio são fechadas e nosso governo considera essa prática democrática. Jornais são ameaçados e nossas autoridades consideram que a normalidade democrática está sendo preservada.

Os opositores cubanos Zapata e Fariñas são homens comuns. Um branco, outro negro. Um pedreiro, outro jornalista e psicólogo. Filhos da revolução. Onde estão os nossos representantes dos direitos humanos? Direitos humanos em países comunistas não precisam ser defendidos? Por quê? Porque os adversários do comunismo/socialismo não são humanos e devem ser suprimidos? Onde estão as entidades de psicólogos, jornalistas e de trabalhadores da construção civil? Onde estão os sindicatos? Onde estão os formuladores do PNDH-3? A hipocrisia parece não ter limites!


Dr. Denis Lerrer Rosenfield é professor de filosofia na UFRGS.
denisrosenfield@terra.com.br


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