Jesus o Bom Pastor

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23 agosto 2010

Evolução do Tempo Geológico





A escala do tempo geológico é a linha do tempo desde o presente até à idade da formação da Terra, que como vimos é 4600 milhões de anos. Esta escala está dividida em Éons, Eras, Períodos, Épocas e as idades que lhes correspondem baseiam-se nos grandes eventos geológicos e mudanças na biodiversidade ocorridos ao longo deste tempo.



Como se divide a Coluna do Tempo?
A coluna do Tempo Geológico está dividida em quatro Éons, sendo, do mais antigo para o mais recente, o Hadaico, o Arcaico, o Proterozóico e o Fanerozóico.



Caracterização das Principais Eras Geológicas



Paleozóico - 542 a 245 milhões de anos - VIDA ANTIGA

O Paleozóico corresponde praticamente a metade do Éon Fanerozóico, com aproximadamente 300 milhões de anos de duração. Está dividido em seis Períodos Geológicos distintos, sendo do mais antigo para o mais recente, o Câmbrico, o Ordovícico, o Silúrico, o Devónico, o Carbónico e o Pérmico.
Cada Período tem características diferentes dos restantes. O clima foi mudando ao longo do tempo, por vezes mais quente, outras vezes mais frio. Os continentes moveram-se para lugares diferentes na Terra, favorecendo grupos diferentes de animais em alturas diferentes. Os animais que conseguiram adaptar-se às novas condições tornaram-se mais bem sucedidos e expandiram-se.

Dos Períodos Câmbrico ao Pérmico

O Período Câmbrico marca um importante episódio na história da vida na terra, conhecido como a “explosão do Câmbrico” uma vez que a maioria dos principais grupos dos seres vivos começa a aparecer no registo fóssil. Num relativo curto espaço de tempo apareceu, pela primeira vez, uma enorme diversidade de formas de vida.
No Câmbrico os mares foram dominados por trilobites, por braquiópodes, por moluscos, por pequenos organismos com concha e por esponjas.No final do Ordovícico a vida já não estava confinada aos mares. As plantas iniciaram a colonização dos continentes, seguidas por alguns grupos de animais invertebrados no Silúrico, e por vertebrados no final do Devónico.
No final do Devónico, florestas de plantas vasculares (que produzem madeira) dominaram a paisagem continental.
Surgiram os animais anfíbios que viviam quer na água quer em terra.
No Carbónico apareceram os primeiros répteis. Tinham a pele grossa com escamas e não dependiam da água para se reproduzirem, como acontecia com os anfíbios para a postura dos seus ovos. Na paisagem encontravam-se florestas de coníferas primitivas e fetos.Os mares eram dominados por equinodermes, braquiópodes articulados, graptólitos e corais.
No final do Período Pérmico ocorreu uma extinção em massa por todo o planeta, a maior da história da vida na Terra, que extinguiu aproximadamente 90% de todas as espécies animais marinhas. As espécies que sobreviveram reduziram muito o número de indivíduos. Nos mares sobreviveram alguns braquiópodes e crinóides que nunca mais dominaram o ambiente marinho.


Mesozóico - 245 a 65 milhões de anos - VIDA MÉDIA 

A palavra Mesozóico significa “vida média”. O Mesozóico também é conhecido como a Era dos Répteis. Durou cerca de 180 milhões de anos e está dividida em três Períodos que, do mais antigo para o mais recente, são: o Triásico, o Jurássico e o Cretácico.
Está enquadrada no início e no seu final, por duas grandes crises no mundo vivo. A crise que marca o seu início corresponde à grande extinção em massa do final do Pérmico, no Paleozóico, e a que marca o seu final corresponde também a um grande episódio de extinção em massa, no Cretácico, com o desaparecimento de perto de 75% de todas as espécies de seres vivos, incluindo os dinossauros, répteis marinhos e voadores e as amonites.

Do Período Triásico ao Período Cretácico

No início desta Era, no Triásico, toda a superfície terrestre concentrada num único continente chamado Pangea começou a fragmentar-se. No Jurássico este super-continente já está dividido em dois continentes: a Laurásia, no Hemisfério Norte, e o Gondwana, no hemisfério Sul. No Cretácico continuou a fragmentação que deu origem aos continentes tal como os conhecemos hoje e à abertura de novos oceanos. Estes continentes moviam-se na direcção da sua actual posição.
O facto de existir apenas um super-continente afectou o clima da terra, que era mais quente e mais seco. Os pântanos do Paleozóico secaram. A temperatura dos oceanos era mais elevada que a dos mares temperados actuais. Estas condições foram favoráveis à formação de plataformas carbonatadas e de estruturas bioconstruídas como as barreiras de recifes de corais.
O clima mais seco favoreceu os répteis. Muitos dos anfíbios, que dependiam de ambientes húmidos e da água, desapareceram.
Os peixes e os répteis, como o ichthyosaurus, dominavam os mares e oceanos. Em terra proliferam insectos, répteis com carapaça e surgem pela primeira vez os mamíferos de pequena dimensão.
Os pterodontes aventuram-se nos céus do Jurássico, sendo os primeiros animais com capacidade de voar.
Proliferam as florestas de coníferas (pinheiros), de ginkgo biloba e de cicadáceas, ou seja de plantas vasculares com semente. As plantas com flor têm um maior desenvolvimento durante o Cretácico.
Os maiores predadores, no Mesozóico, eram os dinossauros no ambiente continental e os répteis marinhos, nos oceanos. Também foi o tempo de alguns grupos de cefalópodes, as amonites e belemnites, que habitavam ambientes marinhos profundos e de braquiópodes, rudistas e equinóides, que habitavam os ambientes marinhos pouco profundos.
Há cerca de 65 milhões de anos, uma extinção em massa, marcou o fim desta Era. Ninguém sabe ao certo o que se terá passado. Muitos cientistas pensam que foi causada pelo impacto de um grande meteorito. O que quer que tenha sido, provocou a extinção de muitos animais e vegetais, marcando um novo ciclo da evolução da vida, como iremos ver.


Cenozóico - 65 milhões de anos à actualidade - VIDA RECENTE



O Cenozóico é a última Era do Éon Fanerozóico, tendo-se iniciado há cerca de 65 milhões de anos após a extinção em massa do Cretácico.A palavra Cenozóico significa “vida recente”. É também conhecida como a Era dos Mamíferos e é a Era Geológica na qual nos encontramos actualmente.
Foi dividida em dois períodos geológicos: o Período Terciário e o Período Quaternário.

Período Terciário

O Período Terciário, o mais antigo desta Era, durou dos 65 milhões de anos até aos 1,8 milhões de anos.
Os continentes continuaram a fragmentarem-se e a moverem-se até à posição geográfica actual na superfície terrestre. Formaram-se os grandes maciços montanhosos do mundo, como os Andes, os Pirinéus, os Alpes e os Himalaias.A terra era quente, chovia muito e estava coberta por uma densa floresta.
Os dinossauros, os répteis e muitas plantas que dominaram durante o Mesozóico e que se extinguiram no final do Cretácico, foram rapidamente substituídos por novas formas de vida que se desenvolveram no Cenozóico e pela evolução dos mamíferos, dos pássaros e das plantas com flor. Nos oceanos os répteis foram substituídos pelos mamíferos cetáceos, como os golfinhos e as baleias.
Os morcegos, macacos, veados, zebras, cavalos, rinocerontes e muitos outros mamíferos actuais desenvolveram-se nesta altura.
No final do Terciário o clima ficou mais frio. A neve cobriu as montanhas e começaram-se a formar os glaciares. Os Pólos acumularam muito gelo. Ficou tanta água retida que o nível da água do mar desceu. Começou uma idade do gelo no planeta!

Período Quaternário

Esta glaciação marcou o começo do Período Quaternário há aproximadamente 1,8 milhões de anos.
Para sobreviverem ao frio alguns animais, como por exemplo os mamutes, os mastodontes, os rinocerontes, os bisontes e as renas possuíam uma espessa e longa pelagem de protecção.
Este Período marca um dos mais importantes acontecimentos da História da Terra: o aparecimento dos primeiros hominídeos de cuja linhagem evolutiva resultou o Homem. O mais espantoso ser vivo que a Terra conheceu, desenvolveu capacidades que lhes permitiu sobreviver e dominar sobre todos os outros assim como adaptar-se e colonizar quase todas as regiões do planeta.

Como percebeste o Homem surgiu há muito pouco tempo na Terra, para trás temos uma longa história evolutiva da vida com episódios geológicos catastróficos de maior ou menor extensão e dimensão.

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